sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A verdade liberta, o erro condena




Já falaram quase tudo que tem para ser dito sobre a cantora que escreveu o seu próprio epitáfio refletido na vida desregrada imposta pela necessidade buscar uma existência intensa. Na tentativa quase desesperada, o mergulho nas trevas foi inevitável. A morte da garota de voz grave, anasalada, quase gutural - e ao mesmo tempo belíssima - é a prova cabal de que a busca pelo sentido da vida por meios heterodoxos não leva a qualquer resposta definitiva sobre o real significado da existência humana nesta terra.

Sucesso, dinheiro, coisas, são como o incenso: vêm e vão. São alimento perecível, que apenas entorpecem o corpo e mortificam a alma, quando buscados como objetivo último. A decadência íntima e pública da moça, o seu desespero, a busca infrutífera por felicidade alicerçada nessas coisas efêmeras foi exibida pelos meios de comunicação como um reality medonho, um show horrendo.

Buscar significado para a existência apenas nesta vida é o caminho mais curto para o desespero, mesmo intensificando a ilusão com paliativos como bebidas e drogas, pois o vazio há de tomar o lugar da ilusão mais cedo ou mais tarde. Deus é o sentido da vida, embora teimando os homens em não reconhecê-lo, mesmo tendo Ele se revelado nos corações desses homens e nas coisas deste mundo.

Assisti como todos à decadência física e moral da garota branca do soul, cuja melodiosa voz remetia à força e beleza dos becos sombrios de New Orleans. Com ela, uma mistura de jazz e blues com um sutil sotaque londrino.

Em meio a lapsos de boa música e torpor etílico, misturado ao mergulho nas drogas, morreu Amy Winehouse. Foi cedo, no alvorecer da vida, aos 27 anos de idade.

Senti-me condoído ao saber de sua morte, pois não é nada agradável ver pessoas tão jovens sucumbindo, nesse mergulho quase sempre sem volta no álcool e outras drogas. Essa minha compaixão está presente nos velórios, especialmente quando começo a imaginar que o morto não tenha encontrado com Cristo, cuja conjectura reside na qualidade de vida que ele levou. No caso da cantora, uma vida completamente desregrada, devotada aos excessos de quase todos os tipos... Pobre Amy Winehouse.

Já falaram quase tudo sobre a moça do soul e cá estou eu a conjecturar sobre a sua vida post mortem... Tão pouco viveu , não se dignando em reconhecer a glória de Deus e nem tendo-O como soberano, pelo que posso vislumbrar da sua curta passagem por aqui.

Os acordes da sua música continuarão a ecoar, a bela sonoridade a embalar muitos sonhos, mas a sua morte é um fato imutável. Quisera que a Amy tivesse conhecido ao Senhor e reconhecido a Sua glória, e então não morreria, mas gozaria de vida abundante na eternidade, posto que quem crê verdadeiramente não morre eternamente, apenas acorda para a vida com Cristo.

Quiçá eu esteja errado... tomara eu esteja errado!

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